terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eternos sonhadores

Um amigo inconformado por uma paixão não correspondida se perguntava por que não conseguia estar com quem realmente ama. Quem, em todo o universo, já não se questionou inconformado sobre essa “injustiça”? Daríamos todo nosso amor àquela pessoa, faríamo-na sentir como ninguém jamais fora capaz, sua felicidade seria nossa eterna prioridade e ainda assim não foi suficiente para conquistá-la e tornar todo esse sonho em realidade. Depois de sentir tal sensação algumas vezes, comecei a ter uma nova perspectiva. Acredito que tudo em nossas vidas tem um motivo, mesmo quando sofremos. Talvez o sofrimento de uma paixão não correspondida seja melhor do que a decepção de perdemos o encanto pela pessoa amada. Quando nos apaixonamos, criamos uma visão idealizada do outro e ao nos relacionarmos, descobrimos que aquele indivíduo não era aquilo que sonhávamos. As paixões não correspondidas funcionam como mágica. Não podem ter seu mistério revelado, caso contrário perde seu encanto. Nós humanos gostamos de sonhar e de acreditar no fascínio de nossas idealizações. Consumar o desejo pode ser o fim da magia e o retorno a fria realidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como é difícil ser diferente em uma sociedade. Ateu em uma nação devota, indivíduo com necessidades especiais em locais não adaptados as suas condições, um jovem que não gosta de encher a cara e ir para a farra de noite. Exemplos não faltam e a sensação em todos os casos é a mesma. Um sentimento de solidão e incompreensão. Não se sentir parte de nenhum grupo. Essa triste conclusão muitas vezes pode fazer um indivíduo esconder e camuflar sua personalidade, tentar ser outra pessoa e não gostar de ser “divergente” para que a sociedade não o discrimine. Infelizmente os indivíduos vivendo em grupos não sabem, muitas vezes, aceitar e valorizar as diferenças. Ou então só o fazem quando aquela pessoa já se foi e não tem mais como compartilhar sua forma de ser, pensar, agir,... Não faltam exemplos de grandes pensadores, artistas, cientistas e de indivíduos comuns que só foram valorizados póstumos. Seria tão melhor se todos soubessem ver a diferença como uma coisa positiva, uma forma de crescer, sair do convencional, aprender com o outro. Acho que sou um grande sonhador, o que penso parece estar a anos-luz da realidade atual. Não vejo como a situação poderia se reverter. O ser humano só parece mudar através de tratamentos de choque, momentos os quais sua vida e sua zona de conforto são colocadas em xeque...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Às vezes tento entender por que nós sempre, quando vamos tomar grandes decisões, pedimos a opinião dos outros e muitas vezes nos baseamos nestes. Se não conseguimos nem ao menos saber o que é o melhor para nós, como que o outro saberá dar a resposta certa? Escrevendo tudo fica tão claro. Tão fácil de ser dito, tão difícil de ser seguido! Acredito que pedimos a opinião dos outros, pois não queremos assumir a responsabilidade por tomar determinada decisão e também por que não gostamos de perder tempo pensando em qual deve ser a melhor escolha. Queremos a resposta pronta, não aceitamos tomar as decisões erradas, evitamos nos deparar com obstáculos. Mas como já fora dito, só nós podemos saber o que é melhor para cada um. Refletir, pensar e analisar as situações difíceis é importante para nos conhecermos mais a fundo, ganharmos mais confiança, amadurecermos e ir nos preparando para os desafios que surgirão em nossas vidas. Ter medo de viver não nos livra de nada, apenas atrasa o inevitável. Todos nós teremos que fazer importantes escolhas e encarar os obstáculos. Quanto antes perdemos o medo, mais seguros serão nossos próximos passos.

sábado, 11 de julho de 2009

Estava pensando em como surgiu a idéia da existência de deuses. Um pensamento tão forte que atravessa milênios e diferentes civilizações. Seria uma forma de obter resposta para os fenômenos da natureza? Fazer com a vida tivesse um sentido? Atualmente, com o avanço da ciência, a grande maioria desses fenômenos já têm uma explicação plausível. No entanto, muitas pessoas ainda creditam esses mistérios a seres superiores os quais “regem” nossas vidas. De onde veio esse pensamento de que existe uma espécie acima de nós? Por que é tão forte? Como que ele se perpetua em pessoas totalmente diferentes? Seria apenas uma fraqueza do ser humano em não querer aceitar respostas simples providas pela ciência ou teria algo além? É fascinante perceber que quase toda a totalidade da população acredita em uma mesma crença. Por mais que existam diferenças entre os pensamentos, a essência é a mesma: um ser poderoso que dá sentido as coisas e controla todo o universo. Acredito que nunca terei a resposta para esse mistério, mas sempre me sentirei instigado e curioso com essa questão!

Quero parar para imaginar como seria viver sem que fosse preciso que tudo tivesse um sentido? Parece até impossível mas quero tentar.

domingo, 5 de julho de 2009


Olho a Baía de Guanabara da janela do trabalho. Vista linda, céu azul e aberto, barcos ancorados no calmo mar. Tenho vontade de sair velejando livremente mar afora. Mas para onde eu iria? Partiria sozinho? A liberdade plena, além de aflorar nosso lado mais primitivo e selvagem, depois de certo tempo fica sem sentido. Não saber mais o que fazer, com tamanha liberdade, deve ser angustiante. O bom seria ter uma válvula de escape imediata, para que pudéssemos fazer o que nos desse vontade e, após consumado o desejo, voltássemos à nossa rotina. Seria como dar um pause na vida cotidiana e ir atrás de nossas vontades. Poderia ser uma ótima experiência, pois sempre iríamos descobrir novas fontes de motivação seja com diferentes culturas, pessoas, artes, lugares e nossa criatividade e capacidade de inovação estariam sempre fervilhando. Por outro lado, nossa ambição poderia não se dar por satisfeita e sempre estaríamos buscando desejos mais complexos, de forma que nossa vida fosse uma eterna busca por prazeres quase que inalcançáveis. A demora e a dificuldade por conseguir satisfazer os diversos desejos poderia gerar frustração e infelicidade. Cada vez mais fica visível o quão complicado é o comportamento humano, parece que nunca iremos nos contentar. Talvez seja esse nosso sentido de viver, a eterna busca.

terça-feira, 23 de junho de 2009

pessimismo ou otimismo

Tudo na vida pode ter um lado otimista e outro pessimista. Um simples exemplo é o próprio nascimento. Por que nascemos, sem nem nos foi dada alguma opção? Por que nascemos em determinada família? Por que nessa época? Por que nesse país? Por que não tivemos nem o direito de escolher nosso próprio nome ou nossa aparência?
Ao invés de ficarmos indagando questões sem resposta, devemos pensar em como podemos transformar tudo o que nos foi dado em tudo o que queremos para nós mesmos. O fato de termos nascido em certa família em certo tempo pode nos fazer descobrir uma habilidade ou um talento que em outra circunstância, poderiam permanecer ocultos. Acredito que nada acontece por acaso. A visão otimista nos faz enxergar possibilidades até mesmo nas dificuldades e nos destacar diante de uma sociedade saturada de tantas opções medíocres e sem brilho. Até mesmo o fato de nascer pobre, um motivo para lamentação, pode fazer alguém querer crescer, alcançar seus objetivos e conquistar seus sonhos mesmo com todos os obstáculos que lhes foi imposto desde o início.
Saber enxergar com sabedoria e ter visão de futuro são fundamentais para que qualquer indivíduo, independente da forma como fora concebido, possa alcançar o sucesso e fazer sua própria história.

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Estava imaginando como seria viver diante da rápida evolução dos meios de transporte. A rapidez com que nos deslocamos cada vez mais, me faz pensar como seria os relacionamentos na época do tele transporte. Pode estar em qualquer lugar instantaneamente seria incrível. Quantos problemas não seriam resolvidos de forma mais objetiva.
No entanto, quantos sentimentos deixariam de existir. A saudade sumiria de nosso vocabulário, pois assim que começássemos a sentir falta de alguém, iríamos para onde ela estivesse. Zygmunt Bauman estava certíssimo ao afirmar que as relações cada vez mais se tornariam líquidas e de rápida consumação. A ansiedade seria um sentimento desconhecido, afinal o que seria esperar para encontrar alguém? Mera fração de segundos.
Talvez o avanço da tecnologia não seja tão maravilhoso e benéfico quanto parecia. Máquinas nos substituindo, sentimentos em extinção, o tempo correndo, sumindo a graça de se viver.
Tecnologia para melhorar nossas vidas e não para nos tornar cada vez mais substituíveis e atarefados. Espero que no futuro nós a saibamos utilizá-la da maneira correta, podendo aproveitar seus benefícios.

O ócio criativo

Uma afirmação que escutei essa semana não sai da minha cabeça. “Para uma pessoa ser bem sucedida, antes de qualquer coisa, ela precisa estar bem consigo mesmo.” Como passei por uma situação onde eu precisava de um tempo para ajustar minha vida, descobrir um pouco mais quem eu era e o que queria, levo-a quase como um dogma. Depois que tive esse momento para meu eu - interior, minha motivação e confiança aumentaram consideravelmente de forma que qualquer atividade que eu fosse realizar seria mais bem executada. É muito importante que qualquer indivíduo tenha um tempo para si mesmo. Poder se conhecer, analisar o ambiente e descobrir o que lhe motiva ou traz felicidade são fundamentais para que qualquer pessoa possa fazer crescer seu mundo interior. O “ócio criativo” pode nos fornecer grandes descobertas e desenvolver nosso lado crítico, analítico e criativo. Grandes idéias e criações vieram de grandes pensadores. Pensem nisso...

Isso é só o começo!!


Bem vindo ao meu blog!!

Aqui colocarei alguns de meus textos... Geralmente são pensamentos que passo para o papel. Uma maneira de desenvolvê-los ou simplesmente para deixar minha mente livre para viajar ainda mais. Que meu ócio criativo preencha bytes e mais bytes desse blog!!




Isso é só o começo!!