Como é difícil ser diferente em uma sociedade. Ateu em uma nação devota, indivíduo com necessidades especiais em locais não adaptados as suas condições, um jovem que não gosta de encher a cara e ir para a farra de noite. Exemplos não faltam e a sensação em todos os casos é a mesma. Um sentimento de solidão e incompreensão. Não se sentir parte de nenhum grupo. Essa triste conclusão muitas vezes pode fazer um indivíduo esconder e camuflar sua personalidade, tentar ser outra pessoa e não gostar de ser “divergente” para que a sociedade não o discrimine. Infelizmente os indivíduos vivendo em grupos não sabem, muitas vezes, aceitar e valorizar as diferenças. Ou então só o fazem quando aquela pessoa já se foi e não tem mais como compartilhar sua forma de ser, pensar, agir,... Não faltam exemplos de grandes pensadores, artistas, cientistas e de indivíduos comuns que só foram valorizados póstumos. Seria tão melhor se todos soubessem ver a diferença como uma coisa positiva, uma forma de crescer, sair do convencional, aprender com o outro. Acho que sou um grande sonhador, o que penso parece estar a anos-luz da realidade atual. Não vejo como a situação poderia se reverter. O ser humano só parece mudar através de tratamentos de choque, momentos os quais sua vida e sua zona de conforto são colocadas em xeque...
segunda-feira, 20 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Às vezes tento entender por que nós sempre, quando vamos tomar grandes decisões, pedimos a opinião dos outros e muitas vezes nos baseamos nestes. Se não conseguimos nem ao menos saber o que é o melhor para nós, como que o outro saberá dar a resposta certa? Escrevendo tudo fica tão claro. Tão fácil de ser dito, tão difícil de ser seguido! Acredito que pedimos a opinião dos outros, pois não queremos assumir a responsabilidade por tomar determinada decisão e também por que não gostamos de perder tempo pensando em qual deve ser a melhor escolha. Queremos a resposta pronta, não aceitamos tomar as decisões erradas, evitamos nos deparar com obstáculos. Mas como já fora dito, só nós podemos saber o que é melhor para cada um. Refletir, pensar e analisar as situações difíceis é importante para nos conhecermos mais a fundo, ganharmos mais confiança, amadurecermos e ir nos preparando para os desafios que surgirão em nossas vidas. Ter medo de viver não nos livra de nada, apenas atrasa o inevitável. Todos nós teremos que fazer importantes escolhas e encarar os obstáculos. Quanto antes perdemos o medo, mais seguros serão nossos próximos passos.
sábado, 11 de julho de 2009
Estava pensando em como surgiu a idéia da existência de deuses. Um pensamento tão forte que atravessa milênios e diferentes civilizações. Seria uma forma de obter resposta para os fenômenos da natureza? Fazer com a vida tivesse um sentido? Atualmente, com o avanço da ciência, a grande maioria desses fenômenos já têm uma explicação plausível. No entanto, muitas pessoas ainda creditam esses mistérios a seres superiores os quais “regem” nossas vidas. De onde veio esse pensamento de que existe uma espécie acima de nós? Por que é tão forte? Como que ele se perpetua em pessoas totalmente diferentes? Seria apenas uma fraqueza do ser humano em não querer aceitar respostas simples providas pela ciência ou teria algo além? É fascinante perceber que quase toda a totalidade da população acredita em uma mesma crença. Por mais que existam diferenças entre os pensamentos, a essência é a mesma: um ser poderoso que dá sentido as coisas e controla todo o universo. Acredito que nunca terei a resposta para esse mistério, mas sempre me sentirei instigado e curioso com essa questão!
Quero parar para imaginar como seria viver sem que fosse preciso que tudo tivesse um sentido? Parece até impossível mas quero tentar.
Quero parar para imaginar como seria viver sem que fosse preciso que tudo tivesse um sentido? Parece até impossível mas quero tentar.
domingo, 5 de julho de 2009
Olho a Baía de Guanabara da janela do trabalho. Vista linda, céu azul e aberto, barcos ancorados no calmo mar. Tenho vontade de sair velejando livremente mar afora. Mas para onde eu iria? Partiria sozinho? A liberdade plena, além de aflorar nosso lado mais primitivo e selvagem, depois de certo tempo fica sem sentido. Não saber mais o que fazer, com tamanha liberdade, deve ser angustiante. O bom seria ter uma válvula de escape imediata, para que pudéssemos fazer o que nos desse vontade e, após consumado o desejo, voltássemos à nossa rotina. Seria como dar um pause na vida cotidiana e ir atrás de nossas vontades. Poderia ser uma ótima experiência, pois sempre iríamos descobrir novas fontes de motivação seja com diferentes culturas, pessoas, artes, lugares e nossa criatividade e capacidade de inovação estariam sempre fervilhando. Por outro lado, nossa ambição poderia não se dar por satisfeita e sempre estaríamos buscando desejos mais complexos, de forma que nossa vida fosse uma eterna busca por prazeres quase que inalcançáveis. A demora e a dificuldade por conseguir satisfazer os diversos desejos poderia gerar frustração e infelicidade. Cada vez mais fica visível o quão complicado é o comportamento humano, parece que nunca iremos nos contentar. Talvez seja esse nosso sentido de viver, a eterna busca.
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