segunda-feira, 29 de março de 2010

Dilúvio


Cai a noite
Cai o mundo
Só não me deixe nessa enchente
Que sai carregando tudo
Lixo, esgoto e gente...


Cheguei em casa imundo
Nessa falta de planejamento
Do cotidiando submundo
Sua companhia nesse dia cinzento
Para uma noite de sono profundo


A lua, esperta na chuva,
Se esconde em cima das nuvens
Vê o nosso desespero do alto
Dá boa noite as estrelas
Vai dormir tranquila e serena!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mulheres misteriosas da minha vida


Mulheres misteriosas da minha vida
As quais de tudo um pouco
Aos seus lados já vivi
Mulheres que me fizeram feliz
Mulheres também que me deixei seduzir

Foram sensuais
Conseqüentemente fatais
Despertando a paixão
Conquistando no olhar
Abusando do charme
A me deixar noites sem dormir

Decifrá-las?
Pura ingenuidade
Mulheres como essas
Só se pode ter a companhia
Seus segredos serão sempre
O despertar de nossa imaginação
A mágica que nos instiga
A nos desejar mais e mais

Para não se ferir
O envolvimento há de ser
Dosado! Pequenas quantidades!
Saber usufruir sem que nos deixemos levar
Para este mundo sem respostas

Mulheres misteriosas da minha vida
As quais vêm e vão
Momentos por perto
Momentos longe...
A magia vai sempre existir!

segunda-feira, 8 de março de 2010

É preciso saber jogar

Saber viver é saber jogar
Nem sempre conhecemos as regras
Muitas vezes nunca as descobrimos
O bom jogador aprende tentando
Entende a importância de cada passo
Mesmo quando se volta à jogada

Voltar à passada
Não significa tempo perdido
Devemos interpretá-la como um momento estratégico
Retroceder para estudarmos nossas jogadas
Descobrirmos as armadilhas ocultas
Para contorná-las com sabedoria
E avançarmos preparados para os desafios
Que aparecerão ao longo do jogo

Querer avançar rápido é ter a certeza
De que não se aprenderá a viver
Pois até as jogadas ruins
Fazem-nos sermos mais cautelosos

É preciso sensibilidade, percepção
Para coletar as informações e ensinamentos
Que a vida nos dispõe ao longo de cada etapa

O bom jogador é aquele
Que não se preocupa em ganhar
Afinal nesse jogo o que importa
Não é chegar à frente
É entendê-lo, aprender com cada passada
É tirar o máximo de proveito
Aproveitarmos toda a felicidade e ensinamento
Que ele pode nos proporcionar!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Poesia em alta octanagem



Assim que nasci, minha vida já se estendia através dos carros
Meu coração já pulsava forte como os pistões em altas rotações
Minhas veias bombeavam sangue como a gasolina
Em um motor sedento por velocidade

A vontade de viver livre, sem nenhuma obrigação
É como viajar sem destino estrada afora
Acelerar firme e sentir o vento soprar em nossos rostos
Poder mudar o rumo e ainda sim ter controle
Para onde queremos ir, estrada a frente seguiremos!

Os carros nada mais são do que uma extensão da liberdade
A sensação de aproveitar e abusar da velocidade
A capacidade de decidirmos nossos destinos
Sem que sejam necessárias maiores reflexões
Basta girar o volante e escolher a direção!

Marchas para escolhermos o ritmo de nossas vidas
Torque para mostrarmos nossa força
Combustão para mostrar que podemos ter nossos momentos explosivos
Freios para mostrar que também sabemos nos controlar!

Assim como os carros, nossa vida merece cuidados
Devemos mantê-la limpa, bem tratada
Para que sempre estejamos conservados, valorizados
De maneira a estarmos prontos para quaisquer maluquices
As quais quisermos nos aventurar!