quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dependência químico-afetiva




Começou como qualquer vício
A via aos poucos, pequenas doses
Com o tempo, vi que me fazia feliz
Fui ficando dependente de sua presença
Me sentia diferente quando a tinha por perto
Quando não estávamos juntos, ficava perdido
Ao ver seu toque no celular, o coração disparava
Perdia a fome, o desejo de fazer as demais coisas
Nada que não lhe envolvesse me interessava
A ansiedade tomava conta das minhas atitudes

As brigas eram como os efeitos colaterais
No dia seguinte, a infelicidade materializada
Não sabia mais como me desprender
A dependência me afastou de tudo e de todos
Percebia a necessidade de ter a vida de antigamente
Voltar a fazer o que me dava prazer!

Após o termino, me sentia confuso
Sua falta me deixava com um tremendo vazio
Descobri que o que parecia bom, era maléfico
Momentos de alegria traduzidos em ilusões
Alucinação de que era uma paixão
Percebi o quanto que estaria melhor
Sem sua presença-dependência químico-afetiva
De passo em passo, fui me reconstruindo
Redescobri a felicidade nas coisas simples

Vícios como esses são válidos apenas
Para sabermos com que não devemos nos envolver
Uma vez intoxicados, e o lado obscuro de amar
Nos dá a falsa impressão do que é se apaixonar!

Um comentário: