terça-feira, 29 de junho de 2010

Instantânea inconstância do ser


02:00
Um turbilhão de pensamentos não me permite dormir
02:14
É necessário coragem para ir atrás do que nos faz feliz
02:17
Vou buscá-la a qualquer custo!
02:18
Assustador não saber por onde começar
02:18:30
Sua companhia...
02:18:35
...Não! Preciso alcançá-la sozinho.
02:22
Não entendo como ainda dizem que não faço nada se, a todo instante, uma nova idéia me propõe um novo caminho.
02:23
A cada fração de segundos os pensamentos vão se transformando...
02:25
Ser capaz de pensar livre é ter a certeza de que não seremos mais os mesmos ao girar do ponteiro
02:30
Tenho a certeza de que a vida rotineira tem seus dias contados...um novo “eu” está por vir...Vida à criatividade, as artes, aos novos desafios...
02:33
Quero que, ao alcançá-la, você possa compartilhar desse momento, crescermos juntos a partir dessa experiência... Sua companhia me acrescenta.
02:39
Já não sei mais o que penso. Sonho acordado? Momento de insanidade?
02:45
ZzzzzzZzzzzZzzzzz.....

segunda-feira, 28 de junho de 2010

No front


Já não sei mais o que é certo ou errado
Se vim em busca de estabelecer a paz
Ou promover o caos e a desagregação
Já não sei mais se o inimigo é uma ameaça
Ou um povo buscando se proteger
Só enxergo em tom cinzento
Destruição. Corpos por todos os lados...
A falta de esperança ao perder mais um combatente
Aumenta a percepção de que não voltarei.
Sinto a doce lembrança de poder pisar em casa
Abraçar a família, redescobrir a felicidade!

Não me foi dada a oportunidade de escolher
Meu destino é matar como forma de me libertar
Irônico pensar que quem poderá alcançar a liberdade
São os que promovem todo este inferno.

Nada mais parece fazer sentido...
Meu fim não há de tardar.
Sigo ordens, quanto mais matar
Mais condeconderada minha farda ficará.

Não sei qual o objetivo disso tudo.
Não me faz sentido a matança desenfreada
Ao assassinar o sonho de vidas inocentes.
Já não sei o que é descansar tranqüilo
Quando até o barulho do ventilador
Soa como as hélices do helicóptero inimigo.

domingo, 27 de junho de 2010

Fleurs Sauvages


Seus últimos momentos
Agonizantes. Batalha para viver.
Deu-nos uma lição de vida
Ensinou-nos pelo o quê se vale a pena viver
Fez-nos enxergar nossa força interior.
Mostrou que as limitações da vida
Não são capazes de nos desestimular
Quando nos sentimos acolhidos
Me fez perceber o prazer de uma breve visita
Chorar com uma simples lembrança
Em um momento onde o importante
Era saber que ainda estava aqui.
Mostrou a todos o seu amor,
Sua bondade e seu carinho quando
Nós deveríamos expressá-los.
Deixou seu ensinamento.
Olha-nos tranqüila ao saber
Que estamos preparados
Sua alma se faz presente!
Guie-nos para todo sempre,
Através de nossos corações.
Hei de colher as mais belas flores do campo!
Ao visitar Paris, me deixar levar
Por todos os caminhos
Onde outrora encontraste a felicidade.
Descanse em paz.
Amo-te.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sombra


Confuso fica,
Ao ver sua sombra
Refletida na calçada
O vulto de monstro
No lugar do homem

O único capaz de enxergar
A verdade que existe
Escondida por uma aparência normal

Perseguido pela sombra
O lado obscuro se faz presente
Lembra-o dos pensamentos loucos
Que rondam sua mente

Esperança inútil de conseguir despistar
A monstruosidade que a todo custo
Tende a acompanhá-lo

Contanto que seja segredo
Identidade oculta que aviva sua essência
Momento de não lucidez
Inconseqüência é seu lema
O mundo é pura hipocrisia

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Jardim (sur)real


Convido-lhes,
Uma tarde no jardim
Não um simples terreno arborizado
Um passeio rumo ao improvável


Sugestão: criatividade ilimitada


Não se preocupe com o convite,
Com a data ou com o horário
Lá o tempo não é cronometrado
Apenas não deixe de vivenciar


Não se sinta confuso
Ao perceber que a fantasia e o real
Se fundem em harmonia
Sinergia dos sonhos com as boas lembranças
Lá é sempre possível
Basta ser capaz de criar


Traga a inocência da infância
À beleza e natureza do jardim
Sinta a tranqüilidade
Lhe dar a mão
Ao longo do caminho


Esqueça as preocupações
Reserve este momento para si
Embriague-se desta sensação irradiante
Vicie-se na felicidade de uma vida
Livre para viver o inimaginável!

domingo, 13 de junho de 2010

Visão sensorial


Vejo sim!
Não faço uso dos olhos,
Enxergo através
Da sensibilidade do toque
Ao encontrar dos corpos,
Da precisão da audição
Ao escutar o bater de asas de um beija-flor,
Das cautelosas passadas
Em direção ao meu destino,
Do aguçado olfato
Capaz de me fazer saber
Se devo me aproximar ou me afastar,
De um paladar incomparável
Para não me fazer esquecer
O sabor de seus beijos.

Mal sabem os que,
Com os olhos enxergam,
Que não é necessário visão
Para descobrir a beleza do dia após dia
Basta se desenvolver
Para, com os sentimentos,
Ter a habilidade de ver
Que na vida o importante
É tirar o máximo de proveito
Do que chamam saber viver!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Coruja


À noite vivo meu dia
Olhar atento, audição aguçada
Troco a caça crepuscular de presas
Pelas presas palavras em meu pensamento

Vôo silencioso
Olhar fixo à procura
Da refeição
Idéias que renovam as energias,
Funcionamento pleno da mente

Ao encontrá-las,
Voraz alimentação
Expilo apenas o inutilizável
Tudo é inspiração

Ao nascer do dia,
Regresso ao ninho
Alimentado, o descanso
Torna-se necessário
Mais uma caça que está por vir!

Estrela cadente


Sua visita, estrela cadente
Instantânea, marcante
Sua beleza, durante
Fração de segundos, lembrança constante
Aparição de repente
Seu retorno aguardo, confiante!